domingo, 1 de maio de 2011

Escola de samba IMPERADOR DO IPIRANGA


Fizemos um bom desfile, mas certamente os jurados viram falhas em nossa apresentação, e não subimos para o grupo especial. Agora comunidade, é hora de nos unirmos a diretoria, que procurou fazer o melhor, mas infelizmente não obteve o resultado esperado.

Vamos procurar no próximo ano, através dos erros cometidos nesse, corrigir as falhas e ir buscar a tão esperada volta ao grupo especial. Para isso precisamos da união de toda a comunidade, participando efetivamente de toda a preparação do carnaval 2012, comparecendo aos ensaios e eventos, comprando as fantasias com antecedência.

Escola de Samba Gaviões da Fiel

A Gaviões da Fiel iniciou sua história no Carnaval em 1975, aceitando um novo desafio. Formou um Bloco e participou do último desfile de carnaval realizado na Av. São João. Nesse carnaval (1976) a Gaviões conquistou seu primeiro título. A partir daí estabeleceu-se uma hegemonia da Torcida Corinthiana na categoria de Bloco Especial, quebrada apenas em 1980, pôr uma nota 02 (dois) no quesito melodia, que deixou a Gaviões com o vice-campeonato - 1 ponto a menos do Bloco vencedor.

De 1981 a 1988 a Gaviões voltou a ser soberana. Ao todo os Gaviões participaram por 13 vezes do carnaval paulistano como Bloco Especial, saindo apenas para transformar-se em Escola de Samba (Grupo I) em 1989. Na estréia como Escola de Samba a Gaviões levou o vice-campeonato do Grupo I e subiu ao Grupo Especial. Hoje a Gaviões da Fiel Torcida está entre as melhores escolas de samba de São Paulo e é a maior em número de componentes.

2008 - Especial Nas asas dos Gaviões, rumo ao portal dos sertões... 12ª
2007 - Grupo I Anchieta José do Brasil Campeã
2006 - Especial Asas da Fascinação 16ª
2005 - Grupo I Renasce, sacode a poeira e dá a volta por cima Campeã
2004 - Especial Idéias e Paixões: Combustível das Revoluções 16ª
2003 - Especial As Cinco Deusas Encantadas na Corte do Rei Gavião Campeã
2002 - Especial Xeque-Mate Campeã
2001 - Especial Mitos e Magias na Triunfante Odisséia da Criação 3ª
2000 - Especial Um Vôo Para a Liberdade Vice-Campeã
1999 - Especial O Príncipe Encoberto, A Busca de Dom Sebastião na Ilha de S. Luís do Maranhão Campeã

1998 - Especial Corinthians Meu Mundo é Você 5º
1997 - Especial O Mundo da Rua 5º
1996 - Especial Quem Viver Verá o Vinte Virar 4º
1995 - Especial Coisa Boa é Para Sempre Campeã
1994 - Especial A Saliva do Santo e o Veneno da Serpente Vice-Campeã
1993 - Especial A Chave no Tempo 5º
1992 - Especial Cidade Aquariana 8º
1991 - Grupo I A Dança das Horas Campeã
1990 - Especial O Homem Nasceu Para Voar 9º
1989 - Grupo I O Preto e Branco na Avenida Vice-Campeã

O enredo de 1989 foi elaborado pela Diretoria de Carnaval dos Gaviões.
O enredo de 1990 foi de autoria de Oswaldinho Macunaíma.
Em 1998 os Gaviões foram penalizados em 5 pontos pela ausência de 12 baianas. Senão seriam vice-campeões.
Em 2000 a quebra do costeiro da porta-bandeira tirou o título dos Gaviões (notas 10-09-09).
Em 2001 o carro número 4 não entrou na avenida. Ficou a dúvida se estava quebrado.
Em 2004 o carro número 5 quebrou o eixo, comprometendo varios quesitos da escola.
Em 2006 fizemos um bom desfile mas para a surpresa de todos, tivemos somente 30 notas dez (2 da bateria e uma de alegoria).

Bloco
ANO ENREDO COLOCAÇÃO
1988 Palhaços e Palhaçadas Campeã
1987 Do Jeito Que Vier eu Traço Campeã
1986 Será Que Vem? Campeã
1985 Jubileu de Diamantes Campeã
1984 Não Temos Tema Para Não Criar Problemas Campeã
1983 Fique Bem Comportado e Será Lembrado Campeã
1982 Folias de Zé Pereira Campeã
1981 Folias de Momo Campeã
1980 Corinthians Turbilhão de Alegria Vice-Campeã
1979 Folias da Vovó Campeã
1978 Campeão dos Campões Campeã
1977 Gaviões no Reino da Assombração Campeã
1976 Corinthians, Corinthians! Campeã

É interessante frisar que durante este período da história dos Gaviões toda a parte de criação dos temas-enredos e das fantasias era desenvolvida pelos próprios integrantes da diretoria dos Gaviões, cuja maior especialidade, era sem dúvida, torcer pelo Corinthians. Os intérpretes que desfilaram pela Gaviões como Bloco Especial foram: Osvaldinho da Cuíca, Serginho Bala, Armando da Mangueira, Tobias e Ernesto Teixeira (atual intérprete). Faz-se necessário registrar, que nos dois últimos desfiles como Bloco os Gaviões contaram com a orientação técnica na montagem do Carnavalesco e Arquiteto Caio. E, no último ano de Bloco, além do Caio, também participaram da elaboração do carnaval os arquitetos Minoru e Tina.

Grêmio Recreativo Cultural Social Escola de Samba Águia de Ouro

Durante a década de setenta, quando ainda nos acostumávamos com a TV á cores, os festivais de música revelavam grandes cantores, as danceterias traziam luzes estroboscópicas iluminando meninas de saias com babados e meias soquetes brilhando, surgia lá na Vila Anglo Brasileira, um batuque diferente. Entre uma partida e outra, os integrantes do time de futebol amador Faísca de Ouro, recebia a visita de sambistas ex-integrantes da Pérola Negra. Fazendo um samba de qualidade comandados por Gilson Carriuolo Antonio e contando com o experiente Maíco, crescia a cada dia a roda de samba. Decidiram então fundar em, 09 de maio de 1976, o G.R.E.S. Águia de Ouro. Nascia, da união, um sonho.

A partir daí, começaram a se organizar, visando levar sua Escola para a Avenida no ano seguinte. Com as dificuldades normais de uma pequena Escola de Samba, fizeram sua estréia no ano de 1977 no Grupo IV, com o Enredo; A Bahia de Jorge Amado; com samba de Ditinho numa tarde de sol forte na Avenida Tiradentes. Conseguem nesta ocasião seu primeiro vice-campeonato, conquistando o direito de desfilar no Grupo III no ano seguinte. Durante os meses posteriores ao Carnaval, ocorrem mudanças na administração do Águia de Ouro. A Escola foi para a Avenida com o Enredo; Cem Anos de Chorinho; com samba de Ditinho e conseguiu um sétimo lugar. Insatisfeito Eduardo deixa a Presidência. Com a necessidade de retomar o antigo vigor, Gilson Carriuolo volta à Presidência. É preciso manter a Águia em seu vôo e para isso é convidado para trabalhar pela Escola o Mestre Lagrila, cuja visão de Carnaval é totalmente diferente do que vinha sendo feito. Lagrila balança todos os alicerces e mostra que a Águia de Ouro tem tudo para se tornar uma das mais importantes Escolas de Samba do Carnaval Paulista. Neste ritmo, a Escola entra na Avenida no ano de 1979 com o Enredo; Brasil Um Paraíso Original; com samba do próprio Lagrila e Alfredo Careca. Foi conquistado outro vice-campeonato que levou a Escola ao Grupo II. O modo como Lagrila conduziu seu trabalho, insatisfez os componentes da Escola, que começava a ficar muito diferente das demais. Neste clima, Lagrila sai da Águia de Ouro e Gilson Carriuolo deixa a Presidência. Mais uma vez é necessário adaptar-se às mudanças. Surgem novos rumos, com Mário Vieira assumindo a Presidência. Muda radicalmente a filosofia de trabalho da Escola, trazendo nova instabilidade à comunidade. O Carnavalesco Tito, então desconhecido, conduz o Enredo; Raízes da Amizade; em 1980, quando a Escola consegue um quinto lugar. Sem clima para continuar, Vieira deixa a Presidência. A sensação de instabilidade pelas constantes mudanças de Presidência, incomodava a todos os integrantes do Águia de Ouro. Preparando seu Carnaval para 1981, assume a Presidência José Miguel, o Dengo. Com o desânimo imperando, a Escola vive um de seus momentos mais difíceis até então. Com tanta falta de motivação, a Escola perde grande parte de seus integrantes, não conseguindo colocar na Avenida o número mínimo obrigatório. Perdendo dez (10) pontos por este motivo e com o Enredo; Dorival Cayme; com samba de Pelé e Gilson Neguinho, a Escola consegue um sétimo lugar e Dengo deixa a Presidência. Parecia que o sonho estava se desfazendo. Os que realmente amavam a Escola continuavam presentes, mas fazia-se necessário que um novo Presidente assumisse o mais rápido possível. Por mais que todos sofressem com a situação, ninguem se candidatava ao cargo. Pararam os ensaios por muitos meses e já, quase no final do ano de 1981 não se tinha enrêdo, nem samba, nem diretoria para o Carnaval que se aproximava. Um grupo de pessoas inconformadas deu início a um movimento para que a Escola não se acabasse e marcaram uma reunião no bar do Walter, um dos integrantes do movimento. Era preciso tomar uma atitude urgente. Sem nem mesmo consultá-lo, elegem Sidnei Cariuolo Antonio, irmão de Gilson, o novo Presidente do Águia de Ouro. Sem experiência e cheio de temores, mas com muito amor ao Águia, Sidnei aceita o cargo pois sabia que contaria com o apoio de todos. Melhor escolha não poderia ter sido feita. Reacende-se a energia e a esperança. Baseado em disciplina e com sonho de gigantismo, Sidnei começa seu trabalho com firmeza e os pés no chão. Já se dava por decidido o Enredo; A Viagem Encantada ao reino da Fantasia; com samba de Zeca da Casa Verde, mas Zeca perde para o então desconhecido Royce do Cavaco. Algumas pessoas tentam mudar o resultado do concurso, mas como primeiro impacto desta administração, Sidnei fez prevalecer o samba vencedor, o que causou certo mal estar na Escola. Mas o Presidente foi firme. Faltando somente dois meses para o Carnaval a Escola se preparou e foi para a Avenida em 1982 com um samba nota dez, conseguindo um quinto lugar. A paixão pela Escola reacendeu. Sidnei encarou o desafio e foi em busca de uma sede para o Águia de Ouro, conseguindo uma casa no coração da Vila Anglo Brasileira. Às custas de muito sacrifício iniciaram-se as reformas a fim de deixá-la em condições de abrigar a sede social da Escola. Com este ponto de encontro as reuniões passaram a ser constantes e a organização foi implantada. Com o passar do tempo os frutos deste trabalho foram colhidos. No ano seguinte em 1983, Royce e seus irmãos, Ênio e Sérgio, fazem o samba para o Enredo; Na Fantasia da Ilusão a Ilusão da Fantasia;. Raimundo Xique-Xique, chegou a comentar sobre o clima favorável que no momento tomava conta da Escola. Todos se sentiam orgulhosos pois pela primeira vez o samba do Águia foi gravado em disco. Em ritmo de empolgação a Escola conseguiu um vice-campeonato com sabor de vitória, indo para o Grupo I. A união estava declarada. No entanto a estrela que vinha brilhando tão forte, começou a se apagar. Num golpe cruel do destino, faltando poucos meses para o próximo Carnaval, a sede da Escola que abrigava as alegorias, pegou fogo. Tudo ficou destruído. Por conta deste triste episódio, parte do trabalho não ficou pronto a tempo. Em clima de tumulto, a Escola leva para a Avenida no Carnaval de 1984, o Enredo; Mil vidas, o Teatro através dos Tempos; outra vez com samba de Royce.
A Escola desfilou lindamente sob os comentários elogiosos da imprensa. No entanto a opinião dos jurados não foi a mesma e a Escola conseguiu um décimo lugar, sendo rebaixada. De volta ao Grupo II, todos se perguntavam o que aconteceria dali para frente. Com sua sede destruída e financeiramente comprometida, a Escola sentiu seu orgulho estremecido. Com o rebaixamento, as pessoas deixaram de comparecer aos ensaios, outro desafio a ser transposto por Sidnei e sua Diretoria. Mais uma vez, só ficam os que realmente tinham grande amor pelo Águia de Ouro. Assim, com a Escola pequenininha, viu-se na Avenida no ano de 1985, uma Águia de Ouro combatente, levando o Enredo; Vadico, o Parceiro Esquecido; com samba de Royce do Cavaco. Diante da sufocante situação, a Águia fez um de seus mais reais Carnavais. O grupo que desfilou com tanta garra, conquistou terceiro lugar. E os que tinham abandonado a Escola começaram a voltar aos ensaios. As coisas foram se ajeitando e os desafios do ano anterior sendo superados. No ano de 1986, Royce compõe o samba para o Enredo; Assim Falou Juca Pato;, e a Escola voltou para o grupo I. Passado o Carnaval, a Águia de Ouro foi convidada para mostrar seu samba no Japão.

Durante dois meses, o Águia foi um pouco do Brasil em terras orientais, apresentando um pouco do mais puro Carnaval. De volta ao Brasil, a Escola começou a se preparar para o Carnaval de 1987. Ainda com lembranças amargas de rebaixamentos anteriores, uniu-se a mais tres Escolas e desligou-se da UESP, acreditando estar sendo prejudicada por esta entidade. Infelizmente, as alegorias da Águia foram gravemente danificadas durante o transporte para o desfile e a Escola obteve um lamentável nono lugar, quando levava o Enredo; Vinícius de Moraes; com samba de Jangada e Maneco, mantendo-se no Grupo I. Para o Carnaval de 1988, a Escola foi favorecida por não ter havido rebaixamento no ano anterior e também porque não foi a primeira a desfilar. Neste ano, trouxe o Enredo; Oswaldo Sargentelli; com samba de Pindaia. Entre tantos acontecimentos conflitantes, vem neste ano uma boa notícia. A área de 4.873m2 sob o Viaduto da Pompéia, tão cobiçada desde 1983, havia sido liberada pela prefeitura para que a Escola se instalasse. Muito esforço foi empregado para deixar o lugar em condições de uso. Fechar o espaço, instalar iluminação, água, banheiros e palco, foram as primeiras providências. Tudo muito rústico. A partir daquele momento, a Águia de Ouro possuía a sua quadra, o que mudou todo o trabalho a estrutura da Escola. Pode-se então, abrir as portas para aquilo pelo que sempre se lutou: a realização do sonho que nasceu de uma brincadeira, na beirada de campo de um time de futebol.

Chega o Carnaval de 1989 e a Escola prepara-se para desfilar no Grupo II. Neste ano, Foguinho, vindo do Carnaval do Rio de Janeiro, trouxe sua grande experiência adquirida na quadra da Beija Flor de Nilópolis. A Águia foi para a Avenida com o Enredo; Astrologia; com samba de
Douglinhas, Juquinha, Quinzinho, Carlinhos Barbosa e Silvinho. Tudo transcorreu de forma normal. Na quadra, todos os esforços eram feitos em favor de melhorias. Durante os preparativos para o Carnaval seguinte, adquiriu-se equipamentos que facilitaram, e muito, o desempenho da Escola. A Entre eles a máquina de vácuo, que propiciou fazer ali mesmo, um trabalho que antes era terceirizado. Com o Enredo; Casais das Eras; com samba de Paulo Cachaça, Capim e Dengo, a Escola foi para a Avenida em 1990 sendo pela primeira vez, campeã do Grupo II, conquistando assim, o direito de desfilar no Grupo I.

Em 1991 a Águia de Ouro foi para a Avenida com o Enredo; São Paulo, Pátria Mia; com samba de Douglinhas, Juquinha, Quinzinho, Cuca e Carlinhos Barbosa. Falando da colônia Italiana, teve como destaque o Maestro Záccaro, que desfilou com empolgação. Mestre Juca arrojou na Bateria,
fazendo uma parada em ritmo de tarantela. Não conseguindo boa classificação, voltou para o Grupo II. Nesta época, a torcida da Mancha Verde começou freqüentar a quadra e em número bastante expressivo ameaçou tomar conta da situação. Antes, a preocupação do Presidente e sua Diretoria era de manter a união. Mediante a situação de risco que a Escola enfrentava, sua atenção se voltou para a Mancha Verde que nitidamente planejava tomar o poder. Há muita instabilidade, mas a comunidade reagiu, voltando a freqüentar a quadra, defendendo o que era seu. Aos poucos, tudo volta ao normal. A Bateria foi reformulada e retomou sua autêntica batida. O clima é de amor à Escola.

Em 1992 a Águia leva o Enredo; Felicidade; com samba de Douglinhas, Juquinha, Quinzinho e Cuca. Mantendo-se no Grupo II e embalados por um clima de dedicação, começou-se a produzir as fantasias na própria Escola. Chega o ano de 1993. Royce do Cavaco volta para puxar o samba da Escola que trazia o Enredo; Identidade Brasil; com samba de Douglinhas, Juquinha, Quinzinho e Cuca. Logo após o Carnaval, Royce se desligou novamente da Escola. Permanecendo no Grupo II, as esperanças mantiveram-se acesas. A quadra, que ainda apresentava uma aparência
bastante rústica, pedia por reestruturação. Iniciou-se então, uma reforma que incluiu, entre muitas coisas, a mudança do palco de lugar. Firmes em seu propósito, os dirigentes da Escola continuaram transformando, aos poucos, sonho em realidade. Assim, em meio a cimento e tijolos, nasceu o Enredo; Sonhos de um Sambista; com samba de Áureo Galloro e Marcelo do Cavaco. É o Carnaval de 1994. Mais tijolos, mais cimento, muita tinta azul e branca... a união de uma comunidade que sabia o que queria; queria beleza, grandeza, campeonatos e principalmente, acreditava em vitórias. Passaram-se os meses. Aproximava-se o Carnaval de 1995. O Enredo; Voa, voa Liberdade;, ganhou samba de Pindaia, Oswaldinho, Hermes e Edsinho. Transcorreu mais um desfile equilibrado, que levou a Escola para o Grupo I. Depois de tanta luta, o lema agora era; devagar e sempre;. Com o bom e velho estilo do Presidente Sidnei de manter os pés no chão, a mentalidade era de que a Escola ainda não estava preparada para entrar no Grupo Especial. Fez-se um trabalho tranqüilo na quadra para que o Carnaval de 1996 fosse satisfatório. Mas, as leis do destino fugiram das mãos de Sidnei e como resultado de um desfile impecável, da forma mais natural possível, com o Enredo; Paulista eu te Amo; com samba de Pindaia e Grupo de Grupo, a Águia de Ouro sagrou-se campeã, indo para o Grupo Especial. Foi a recompensa por um trabalho transparente e coerente. Na intenção de obter mais experiência, foram convidados carnavalescos do Rio de Janeiro para incrementar a Escola. No entanto, os carnavalescos desenvolviam seu trabalho por setores e não num todo, o que acarretou atrasos na finalização da alegorias para o Carnaval de 1997, que trazia o Enredo; Sayu-Yu Do Grão Sagrado do Passado a Esperança do Futuro; com samba de Pelezinho, Carlinhos Barbosa, Quinzinho, Pindaia Hermes e Oswaldinho. Mestre Juca mais uma vez criou uma batida diferente para o desfile, desta vez em ritmo funk, mostrando que a Bateria da Águia enfrentava qualquer desafio. A experiência com os carnavalescos cariocas, apesar de infeliz, mostrou definitivamente para o Presidente Sidnei a Escola voltou para o Grupo I, tendo aprendido uma grande lição. Os meses seguintes ao Carnaval trascorreram em ritmo de calma. A Escola queria ter a certeza do que era capaz de realizar sem forçar a natureza. O ritmo dos ensaios era frenético e a animação era geral. Nem mesmo as duas enchentes que a Escola enfrentou, diminuíram a determinação de superar todos os obstáculos que por ventura aparecessem. E foi assim, mirando o alvo, que a Águia de Ouro foi para o Carnaval de 1998 com o Enredo; Assim Caminha a Humanidade; com samba de Pindaia, Ivan, Hermes, Paulinho, Oswaldinho, Andozinho e Cabelo. Neste ano, foi Raul Diniz quem colocou todas as idéias sobre o Enredo no papel mas não acompanhou a confecção do Carnaval, indo vê-lo pronto, na Avenida. Com certeza gostou do que viu, pois a Escola sagrou-se campeã voltando para o Grupo
especial.

Em 1999, a Escola muda sua Razão Social passando a chamar-se Grêmio Recreativo Cultural Social Escola de Samba Águia de Ouro. Com a comunidade atuante, o enredo; A Criação do Terceiro Dia; com samba de Tiaraju, Rabino e Darlan, dá o seu recado. Paulo Virgílio, o Carnavalesco, trouxe para a Avenida uma Escola que falou do terceiro dia da criação, quando Deus separou as águas da terra. Como já era sabido, neste ano não haveria rebaixamento, o que propiciou um desfile equilibrado. E, ora enfrentando temporais, chuvas de granizo e ventos fortes, ora planando suavemente em céus claríssimos com raios dourados de sol, a Águia vinha firme e forte em direção à virada do século. Desde seu primeiro vôo a Águia veio se transformando e crescendo e em pleno vigor começava a mostrar suas garras.

No Carnaval do ano 2000, marcou presença com o enredo; A Imagem e Semelhança dos Deuses: Terra Brasilis; com samba de Regiano, Edu Chaves e Almir Spindola. Paulo e Victor foram os Carnavalescos. Mestre Lagrila voltou para a Escola como Diretor de Carnaval e encontrou uma Águia polêmica. Estava certo que a Escola levaria para a Avenidaa imagem da Pietá, que tradicionalmente traz o Cristo morto em seus braços, amparando um índio em substituição ao Cristo, num protesto ao genocídio indígena. A Igreja católica se enfureceu e tentou de todas as formas impedir que a alegoria fosse para o desfile. Após vários conflitos, a Escola substituiu a imagem da Santa pela de uma índia. O assunto polêmico alcançou repercussão mundial, chegando a ser citado no New York Times. Novamente mestre Juca trouxe inovações. Desta vez com uma Bateria feminina composta por trinta e cinco jovens ritmistas. A Escola, sem barracão, passou por grandes dificuldades. Como resultado alcançou um sétimo lugar. Quadra cheia, comunidade fiel, coesão de idéias, organização. Desta vez, a Águia voava rumo ao Novo Milênio.

Carnaval 2001. Enredo; De Salém a Brasília o que Vale é a Bruxaria; com samba de Sidão, Biti, Borracha e Luizinho SP. Paulo e Victor são novamente os Carnavalescos. O problema do barracão foi resolvido com o terreno cedido pela prefeitura na Marginal Tietê. O espaço foi perfeito para os enormes carros que a Escola preparava para levar ao Polo Cultural do Anhembi. Mas a Águia tinha que ser posta à prova pelo destino. Vinte e quatro horas antes de entrar na Avenida a águia imensa do carro Abre-Alas, foi atingida por uma fagulha de solda e se consumiu em chamas. Como num verdadeiro desafio, a águia foi refeita em poucas horas, mostrando o amor e a perícia aqueles que trabalhavam no barracão. E como o esperado, a Águia deu um show. Alcançou um quarto lugar.

No desfile de 2002 o Águia de Ouro buscou estabilizar-se entre as Escolas do Grupo Especial, e com as mudanças nos critérios de desempate classificou-se em 7º lugar, ficando apenas a 2 pontos da atual campeã. A Escola foi para a Avenida defendendo o enredo; Vou à luta sem pedir licença, tupy or not tupy, Sampa é a resposta;, com o samba de Pelezinho, Quinzinho e William, em uma homenagem a Mario de Andrade, um dos principais expoentes do modernismo brasileiro, no ano em que o Brasil celebra 80 anos de Semana de Arte Moderna.

Já em 2003 a Águia de Ouro vem com o enredo falando sobre a cultura e mistérios da China, mais uma vez Mestre Juca inova e ajoelha a bateria na avenida com ela aberta para passagem de mestre-sala e porta-bandeira e novamente depois abre para a passagem de uma ala inteiro no meio da bateria. O resultado foi considerado injusto por muitos da escola e até mesmo por quem não era da escola - a escola ficou em 12º lugar.

Em 2004 a Águia trouxe Ana Maria Braga para contar os 450 anos da culinária paulistana, enredo esse criado para homenagear os 450 anos da cidade de São Paulo. Mas uma vez a bateria surpreende, fazendo várias evoluções dentro do desfile, entre ela a forma de um coração em rosa e azul - simbolo do programa da apresentadora. Além de Ana Maria Braga contamos também com a ilustre presença de DOM MAURO MORELLI BISPO de Duque de Caxias. O resultado um 7º lugar contestado, mas que serviu para levar a Águia para o desfile das campeãs, aonde a mesma conquistou o ESTANDARTE DE OURO NOS QUISITOS BATERIA E LETRA DO SAMBA.




Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Dragões da Real

Fundado em 17/03/2000 por associados da torcida que já freqüentavam algumas escolas de samba. A decisão em formar uma nova escola teve o objetivo de proporcionar maior integração e cultura aos nossos associados.

Logo no primeiro ano de preparação para o desfile, as dificuldades começaram a aparecer, pois a UESP (entidade a qual a Dragões se filiou) não repassava verba as escolas de samba do Grupo de Espera. Portanto, tudo foi feito através de trabalhos voluntários e uma grande ajuda financeira da torcida e de alguns associados que se mobilizaram para concretizar o sonho de colocar a Dragões na avenida. Conseguimos logo na estréia a conquista do campeonato, com isso a entusiasmo ficou ainda maior e logo pensamos alto, para ir muito mais longe. Já no Grupo III, no ano de 2002, acabamos passando por alguns problemas e acabamos terminando na 5º colocação. Voltamos em 2003 a disputar o Grupo III, e novamente veio a conquista de mais um campeonato. Rumo ao nosso grande sonho, que era de um dia desfilarmos no Anhembi, disputamos o Grupo II em 2004 e novamente fomos campeões. O tão sonhado dia chegou e em 2005 lá estava a Dragões da Real alçando vôos mais altos na passarela do samba paulistano: o sambódromo do Anhembi.

Disputando com escolas de samba tradicionais, que inclusive que já tinham participado do Grupo Especial, logo em nosso primeiro ano de Anhembi ficamos em 2º lugar e conseguimos pular mais uma etapa, chegando em 2006 ao Grupo de Acesso. Os ensaios, alegorias, fantasias, enfim tudo na escola começou a tomar outras proporções e cada vez mais nossa estrutura de trabalho foi aumentando e com isso a participação de nossos associados e simpatizantes também cresceu. Nos anos de 2006, 2007 e 2008 disputamos o Grupo de Acesso e terminamos na mesma colocação, o 5º lugar.

Em 2009 foi montado um grande planejamento com o objetivo de chegarmos ao Grupo Especial (nosso maior sonho), mas por muito pouco não conseguimos nosso acesso, terminando na 3º posição a Dragões da Real mostrou a todos que a sua hora chegou. Preparem-se, pois em 2010 a Dragões da Real fará o maior desfile de sua história!

Grêmio recreativo escola de samba PÉROLA NEGRA

Do sonho e da união de sambistas do G.R. Escola de Samba Acadêmicos de Vila Madalena e Bloco Boca das Bruxas surge a Escola de Samba "Pérola Negra". O nome surgiu da visão de seus fundadores por ser a Pérola Negra uma jóia rara, usando a alusão de "A Jóia Rara do Samba". Outra versão é que seu nome é sugestão de seu fundador, que observava uma garrafa da cerveja Pérola Negra.



Sua estréia no Carnaval Paulistano ocorreu no ano de 1974, levando para a avenida São João o tema enredo "Piolim, Alegria Circo História", resultado: Pérola Negra campeã do Grupo III.





Com esse resultado surpreendente, pessoas ainda indecisas resolveram aderir ao projeto e no Carnaval de 1975, quando contagiaram a avenida com o enredo "A São Paulo de Adoniran", o resultado não poderia ser outro senão: Pérola Negra, campeã do Grupo II.

Em 1976 com o enredo "Portinari, Pintor do Povo" é novamente campeã, passaram a fazer parte da elite do Carnaval Paulistano, tornando-se a "coqueluche" do momento. Tiveram vários momentos inesquecíveis de glórias e desafetos, alegrias e tristezas, mas sem perder a paixão pelo samba que é a nossa alegria palavras bem lembradas na letra do nosso hino; composto pelo poeta Pasquale Nigro, compositor e um dos idealizadores da escola. Morador da tão singular comunidade da Vila Madalena e ainda ativo nos assuntos da escola. A Pérola Negra também está localizada em uma região da cidade de São Paulo que vem se valorizando nos últimos tempos, a Vila Madalena. Mas a sua presença no lugar vem desde quando a Vila era um bairro de operários e ainda não tinha todo o agito dos dias atuais. A escola tem onze participações no Grupo Especial. Esteve pela primeira vez em 76, quando ficou ininterruptamente até 81. As outras participações se deram em 83, 90, 96, 01 e em 2007, 2008 e 2009.

Grêmio Recreativo Cultural Social Escola de Samba Acadêmicos do Tucuruvi


Surgiu de um grupo de amigos que gostava de brincar e fazer folia no carnaval, saindo nas ruas do Tucuruvi com muito entusiasmo. Aos poucos, o descompromissado grupo foi adquirindo adeptos e terminou como Bloco estruturado. Sob a liderança de José Leandro, Oswaldo de Salva, Tininho e um grupo de amigos, que desfilavam no bairro do Tucuruvi resolveram fundar no dia 1º de fevereiro de 1976, uma Escola de Samba que receberia o nome de G.R. Acadêmicos do Samba do Tucuruvi.

O símbolo adotado pela escola foi um gafanhoto, uma forma de homenagear o Bairro no qual a escola foi fundada, pois Tucuruvi em tupi guarani significa gafanhotos verdes.
Suas cores no início eram o preto e amarelo, porém mudaram no começo da década de 80 para as atuais cores oficiais: o vermelho, amarelo, azul e branco, sendo que estas duas últimas se sobressaem mais. Um fato que marcou a história da escola, foi o seu primeiro desfile, em 1977. O carro alegórico era um gafanhoto que tinha como base uma Kombi coberta com tecido verde, uma coisa jamais feita por seus integrantes até então. A escola subiu para o grupo especial pela primeira vez em sua história, 10 anos após sua fundação. O samba-enredo "Brasil em Aquarela" marcou a estréia da escola entre as grandes e ainda é recordado pelos sambistas paulistanos. Manteve-se entre as grandes em 88 e 89, caindo e voltando em 93. Caiu em 94, mas subiu em 98, participando de todos os desfiles do Grupo Especial desde então.

Suas melhores participações aconteceram em 1993, quando ficou em sexto lugar, e em 1999, quando ficou em quinto, ambas às vezes entre doze escolas. Em 1999, aliás, a escola conseguiu seu maior feito, que foi o de voltar para o desfile das campeãs. Voltou também em 2000, quando ficou em sexto, mas entre quatorze agremiações e contou com a presença de Preto Jóia, campeão quatro vezes pela Imperatriz Leopoldinense, como puxador, e de Mestre Jorjão, ex-diretor de bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel e Unidos do Viradouro. Outros dois personagens da escola que também merecem destaque são o presidente Hussein Abdo El Selam, o Jamil, e o compositor Maurinho da Mazzei, vencedor de quase 40 sambas nas escolas e blocos de São Paulo.

Situada na Avenida Mazzei, 722, a Acadêmicos do Tucuruvi é bastante ativa no bairro. Buscando soluções para os problemas sociais, tem planos para melhoria das condições de vida das pessoas, como a implantação de cursos profissionalizantes para os menores carentes da região.

Escola de samba CAMISA VERDE E BRANCO

Quando o samba de São Paulo dava seus primeiros passos, nos idos de 1914 e sofria toda a espécie de discriminação por parte das camadas sociais de maior poder aquisitivo e autoridades, os grupos carnavalescos da época, travaram verdadeiras batalhas para a conquista de seu espaço. O bairro da Barra Funda, tradicional da Zona Oeste de São Paulo, viu nascer naquele ano um grupo liderado por DIONISIO BARBOSA, os rapazes trajavam Camisas Verdes e Calças Brancas, ensaiavam e desfilavam pelas ruas do bairro. Era, portanto, o embrião que 39 anos mais tarde resultaria no Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Camisa Verde e Branco.

O grupo carnavalesco Barra Funda como foi batizado por Dionísio Barbosa, engrossaria fileiras na luta paulista por mais décadas. Em 1936, inexplicavelmente, o grupo não levou seu carnaval às ruas e nos anos seguintes também ano. Até que um novo sambista e guerreiro reagruparia anos depois os sambistas dispersos. O grupo sofreu alguns problemas no governo Vargas, por ser confundido com simpatizantes do Partido integralista de Plínio Salgado, por causa da cor da roupa. Com a decadência do Grupo, surge um movimento para reorganizá-lo e o principal idealizador foi Inocêncio Tobias, (o mulata) como era conhecido. No dia 04 de setembro de 1953, Inocêncio Tobias, fundava o cordão Mocidade Camisa Verde e Branco, tendo a Barra Funda como quartel general, iniciando então a uma carreira de glórias. Já na categoria de cordão, tornou-se campeão em seu primeiro desfile; desfile em 1954, com o enredo IV Centenário de São Paulo, e foi campeão novamente em 1968 - Treze de Maio e 1969 - Biografia do samba. Em 1972, por falta de concorrentes, passava para a categoria de escola de samba, ingressando no primeiro grupo do carnaval paulistano. Inaugura sua quadra de ensaios na Rua James Holland, 663 e, em 1974 inicia uma trajetória de sucessos conquistando um título inédito de Tetra campeão nos seguintes anos: 1974 - Uma certa nega fulô, 1975 - Tropicália, 1976 - Atlântida e suas chanchadas e 1977 - Narainã, a alvorada dos pássaros. Volta a ser campeã em 1979 com o enredo Almôndegas de Ouro.

Em 1980, o grande Mulata como era conhecido Sr. INOCÊNCIO TOBIAS, falece e seu filho Carlos Alberto Tobias assume o comando da AGREMIAÇÃO, seu filho Carlos Alberto Tobias apoiado por sua mãe Dona Sinhá, Cacilda Costa (Já nesta época portadora do título de Dama do Samba Paulistano), e sua companheira Magali dos Santos uma das mais tradicionais destaques do Camisa Verde, assim como tantos outros componentes assumem a Família Verde e Branco. Em 24 de fevereiro de 1988, falece a nossa Dama - Dona Sinhá, deixando muita tristeza no coração dos Verde e Branco. Dois anos depois vem outra grande perda. Em 15 de janeiro de 1990, perdemos o nosso querido Presidente Carlos Alberto Tobias, criador da Liga Independente das Escolas de samba de São Paulo. Consternação geral às vésperas do carnaval. Assume o comando da Agremiação, temporariamente, sua filha Simone Cristina Tobias. A Escola desfila sob forte emoção e muita garra. Passado o carnaval, a Escola se reestrutura e Magali dos Santos assume a Presidência, tendo, sua filha Simone como Vice Presidente, seu filho Marcelo (conhecido Alecrim) como Diretor Geral e Taluana como Secretária Geral.

Embora o preconceito tenha sido grande, Magali dos Santos, como diria seu falecido marido, segurou o refrão e em seu primeiro ano de presidência ganha seu primeiro campeonato (1990). Mas, como nada é perfeito, alguns diziam que ela só conseguiu o campeonato pelo fato de ter pegado o carnaval pela metade. Atualmente, Magali dos Santos prefere não responder com palavras aos que desacreditam da força de uma mulher guerreira. Prova disto foi mais uma outra conquista. Em 1991, primeiro carnaval que a Presidenta Magali dos Santos assume de ponta a ponta, e consegue seu segundo campeonato. Chega se ao Tri- Campeonato em 1991, pois havíamos sido consagrados campeões em 1989 - QUEM GASTA TUDO NUM DIA, NO OUTRO ASSOVIA, 1990 - DOS BARÕES DO CAFÉ A SARNEY, ONDE FOI QUE EU ERREI e 1991 COMBUSTÍVEL DA ILUSÃO. No ano seguinte viria o BI - TETRA CAMPEONATO, pois segundo opinião geral o Camisa Verde fez um desfile memorável.

Samba Enredo 2006 - Das Vinhas Aos Vinhos - do Profano Ao Sagrado, Uma Viagem Ao Mundo do Prazer